Sobre o Atendimento nas ILPI’s

ILPI

(Instituição de Longa Permanência de Idosos)

As ILPI’s são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar e em condições de liberdade, dignidade e cidadania.  As normas de funcionamento estão estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 502, de 27 de maio de 2021.

As ILPIs desempenham papel fundamental porque muitos idosos enfrentam dificuldades para viver, seja sozinhos seja com suas famílias, devido a sua fragilidade.

As instituições de longa permanência se organizam para oferecer cuidados médicos, assistência psicológica e social, atividades de lazer, alimentação e moradia adequadas, entre outros serviços.

É importante que as ILPIs ofereçam um ambiente acolhedor e seguro. Devem acolher os idosos, respeitando sua individualidade e autonomia. O trabalho de todos os funcionários é fundamental: os profissionais que trabalham nessas instituições devem estar capacitados para lidar com as necessidades específicas do idoso, promovendo seu bem-estar.

As ILPIs atendem idosos com 3 diferentes graus de dependência.

As ILPIs atendem idosos com 3 diferentes graus na classificação de dependência, de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 502, de 27 de maio de 2021.

Conforme a Política Nacional do Idoso, existem 3 graus:

dependente, semidependente e independente.

Dependente

É considerado dependente o idoso que necessita de ajuda em mais de três atividades diárias de autocuidado. Por exemplo, fazer a higiene pessoal, alimentar-se ou locomover-se. Também é considerado dependente, o idoso que apresente comprometimento cognitivo.

Semidependente

É o idoso que necessita de ajuda em até três atividades diárias de autocuidado e que não tem comprometimento cognitivo

Independente

É a classificação de todas as outras pessoas idosas.

É normal o registro de progressão dentro dos graus, durante a permanência do idoso na ILPI.

Havendo entrado como grau 1 – ou independente – ele geralmente migra para o grau 2 (semidependente) e chega finalmente ao grau 3 ( totalmente dependente).

Quanto mais dependente for o idoso, mais exigirá da ILPI um número maior de profissionais. Além disso, a estrutura organizacional da entidade deverá atender a uma maior necessidade de medicamentos, de exames, de consultas médicas e de atendimento psicológico e psiquiátrico. Traduzindo em termos bem concretos, quanto mais dependente é o idoso, mais custoso ele se torna.

O grau de dependência dos idosos atendidos, com relação ao número de pessoas abrigadas na casa dentro de cada um dos graus, determina estruturas de funcionamento, organização de pessoal por períodos e rodízios, alimentação específica e dietas recomendadas, organização de compras e almoxarifados, estrutura básica de enfermagem, procedimentos, medicamentos. Tudo isto ligado diretamente aos gastos que tudo isso significa.

Organizar e administrar uma ILPI implica, além da qualificação profissional óbvia, uma dedicação e um comprometimento a toda prova.

Alterações cognitivas

Demência senil e Alzheimer

Uma das situações mais difíceis que as ILPIs devem enfrentar é a das dificuldades mentais apresentadas pelas pessoas idosas. Quando essa situação se apresenta na família, é muito difícil enfrentá-la e o recurso mais utilizado é o acesso às ILPIs.

Essa situação significa que, o que para a família é um idoso com dificuldades mentais, psicológicas ou mesmo psiquiátricas, para a ILPI a situação reúne vários idosos com esse quadro, o que exige profissionais, medicamentos e estrutura de funcionamento, totalmente especializados.